A história passada a limpo! Mesmo que essa reparação não devolva a vida dos 8.350 indígenas mortos durante a ditadura civil-militar de 64, a decisão da Comissão de Anistia desta terça, 2, concedendo reparação aos povos guarani-aiowá e krenak pela violência que sofreram no período é uma sinalização importante.
Indeferidos pelo governo anterior e agora reavaliados, este foi o primeiro julgamento de perdão - instrumento de reparação e preservação da memória e da verdade - a povos indígenas.
O documento mostra como os guarani-kayowá de Guyraroká, a partir de 1940, foram alvo da política brasileira de remoção de indígenas de áreas de interesse do agronegócio e confinado em reservas delimitadas pelo governo federal ou reformatório, onde sofriam punições, violências, trabalho forçado, maus-tratos, tortura, desaparecimento, estupros e tinham sua identidade e cultura negados. Suas terras eram passadas a fazendeiros.
Se a decisão não trará os mortos de volta, certamente tem impacto na discussão sobre o marco temporal pois, segundo o procurador Marco Delfino, “a partir do momento que a comissão, o Estado, pede desculpas pela remoção, reconhece o que ocorreu”. #povosoroginarios #anistiaamplageraleirrestrita
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