Não basta mais dizer basta, precisamos de ações, de justiça e da defesa da vida de todas e todos. Mãe Bernadete foi silenciada, mas nós continuamos aqui, lutando por ela e por nós!
É com profundo pesar que lamentamos o falecimento de Maria Bernadete Pacífico, a popular Mãe Bernadete. Sua dedicação incansável à preservação da cultura, da espiritualidade e da história de seu povo será sempre lembrada por nós. Nos apoiaremos no seu exemplo e no seu legado na luta por justiça. Seu espírito inspirador, sua história de vida, suas palavras de guia continuarão a orientar-nos e às gerações futuras. A família Conaq sente profundamente a perda de uma mulher tão sábia e de uma verdadeira liderança. Sua partida prematura é uma perda irreparável não apenas para a comunidade quilombola, mas para todo o movimento de defesa dos direitos humanos”.
O Observatório Judaico se une à Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos), entidades, lideranças e a população brasileira no repúdio, indignação e cobrança de investigação e punição pelo assassinato da yalorixá Mãe Bernadete, ocorrido na noite desta quinta-feira. Seu terreiro também foi invadido.
Coordenadora Nacional da Conaq, líder da comunidade quilombola Pitanga dos Palmares (Bahia), ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Mãe Bernadete lutava também por esclarecimentos e solução sobre o assassinato do seu filho, a liderança quilombola Flávio Gabriel Pacífico, o Binho do Quilombo, em 2017.
No país que mais mata ativistas pela terra, Mãe Bernadete vinha alertando sobre as ameaças de morte que ela e outras lideranças do Quilombo Pitanga dos Palmares sofriam por grupos ligados à especulação imobiliária em Salvador. #racismoécrime#salveoquilombo#direitoshumanos#observatóriojudaicodosdireitoshumanosnobrasil

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