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Emergencia Yanomami

Dados divulgados em reportagem do jornal SUMAÚMA apontam que 570 crianças Yanomami menores de 5 anos morreram por contaminação de mercúrio, desnutrição e fome, devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal nos últimos quatro anos.

Diante da grave situação encontrada agora no início do seu governo, o presidente Lula convocou uma ação emergencial para intervir nas terras Yanomami. Esta será conduzida pelo Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas Funai - e Secretaria Especial de Saúde Indígena – Sesai, com o apoio dos Ministérios da Saúde; Justiça; Planejamento e Orçamento; Desenvolvimento Social, Assistência, Família e combate à Fome.

É importante lembrar que a atual crise sanitária no território Yanomami foi decorrente de uma agenda anti-indígena com um projeto de morte agravado pela pandemia da Covid-19, comandada por Jair Messias Bolsonaro desde o inicio de seu mandato em 2019.

Em 9 de agosto de 2021, dia internacional dos povos indígenas, em conjunto com a Comissão Arns e o Coletivo de Advogados em Direitos Humanos, a Articulação dos Povos Indígenas Brasileiros- APIB protocolou junto ao Tribunal Penal Internacional- TPI, uma denúncia contra o presidente, por crime de genocídio e ecocídio. Esta ação se somou a outros comunicados já realizados contra o mesmo ao TPI. Neste mesmo dia 9 de agosto de 2021, o Observatório Judaico de Direitos Humanos no Brasil -OJDHB, em conjunto com a APIB e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva - ABRASCO, realizou a live “Diante do genocídio indígena não nos calaremos”.

O genocídio, um dos acontecimentos mais trágicos da história da humanidade, ocorreu com os povos originários desde o início da colonização em um longo percurso de violências, de resistência e também de conquista de direitos. O que ocorreu no governo Bolsonaro foi um intenso retrocesso que se expressou como discurso explícito, traduzido em ataques físicos concretos, e apresentação de projetos de lei que afrontaram os direitos indígenas constituídos em 1988.

A extrema direita liderada por Jair Bolsonaro demonstrou sua afinidade com a ideologia nazista. O ex-presidente foi acusado várias vezes de ser um genocida, como no caso da sua desastrosa gestão da pandemia de Covid 19. Porém nada se aproximou mais da definição estrita do crime de genocídio no Brasil do que as ações do seu governo em relação aos povos indígenas em seus territórios e isso deve ser investigado e julgado em fóruns nacionais e internacionais.

Às vésperas do Dia Internacional em Memória às Vitimas do Holocausto, reafirmamos que queremos um Brasil livre do neonazismo. Holocaustos nunca mais!




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